? Professores do Campo decidem paralisar entrega de blocos de atividades a partir de Novembro

Infelizmente nem todos os professores da Rede Municipal tiveram motivos para comemorar neste mês de outubro. Os professores que atuam nas escolas do campo, um dos segmentos mais precarizados da educação pública municipal, estão sofrendo com a falta de pagamento do auxílio deslocamento, vale transporte intermunicipal e pela negligência do município na entrega de equipamentos de proteção individual (EPI’s) neste momento de pandemia.

Apesar das aulas presenciais estarem suspensas nas escolas, os professores vem preparando blocos de tarefas como forma de atividade remota. Os educadores do campo, em especial, precisam entregar este material às unidades de ensino. Todavia, além de não receberem o auxílio deslocamento para se locomoverem às escolas, o município tem sido negligente ao não entregar EPI’s para proteção do Covid-19 a estes profissionais, que estão interagindo com pais, alunos e demais membros da comunidade escolar.

O Sindicato do Magistério, SIMPI, por meio de sua Presidente, Profa. Carminha Oliveira, já notificou a Secretaria Municipal de Educação e o próprio Gabinete do Prefeito para que solucionassem esta situação, mas infelizmente não obteve qualquer retorno dos órgãos governamentais. “Nós encaminhamos diversos ofícios solicitando uma audiência com o Governo para discutir o assunto. Tentamos intermediar de todas as formas, mas infelizmente não tivemos nenhum retorno satisfatório”, afirma a líder sindical.

Diante da resistência do Governo em respeitar o direito ao recebimento do auxílio deslocamento, que é assegurado por lei ao professor do campo, além da falta de repasse do vale intermunicipal e do fornecimento de EPI’s, o segmento decidiu, em assembleia virtual, realizada nesta sexta-feira, 16/10, que entregará no próximo dia 20 o bloco de tarefas na Secretaria de Educação e que a partir do mês de novembro irá paralisar a produção das referidas atividades. “Não gostaríamos de tomar uma medida tão extrema, mas não tivemos outro jeito. O governo de Itabuna vem desrespeitando o segmento dos professores do campo e com isso poderá prejudicar centenas de alunos e suas famílias. Quando não aceita negociar, nos resta apenas exercer o direito de paralisar a entrega dos blocos de atividades proposta pela Secretaria de Educação”, conclui a líder sindical.

🖥️ Fonte: Ascom SIMPI

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