Trabalhadoras domésticas estão entre as mais afetadas pela pandemia

São Paulo – Uma das profissões mais afetadas pela pandemia foi a das trabalhadoras domésticas. Muitas ficaram desempregadas, outras tantas vivem em condição de isolamento na casa dos empregadores e há a parcela que decidiu trabalhar informalmente, sem garantias e por um salário bem menor, para sobreviver. A realidade das trabalhadoras domésticas é de insegurança financeira e na saúde.

O primeiro caso de morte pelo coronavírus no Rio de Janeiro foi de uma trabalhadora doméstica que contraiu o vírus da patroa. Passado mais de um ano de pandemia, os reflexos da crise econômica e sanitária seguem intensos na vida dessas trabalhadoras.

Segundo dados de 2020 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as trabalhadoras domésticas representam, hoje, cerca de 6 milhões de mulheres no Brasil. Desse total, apenas 28% das profissionais trabalhavam com carteira assinada, garantindo assim, direitos como décimo terceiro salário e férias.

O presidente do Instituto Doméstica Legal Mário Avelino aponta que a atual situação dessas trabalhadoras é ruim, com mais de um milhão sem emprego. “A minha avaliação é muito ruim, no ano passado perderam 1,5 milhão de postos, contando formais, informais e diaristas.”

A trabalhadora doméstica Gilda Cypriano conta que, para ela, a pandemia não foi um problema, pois continuou trabalhando. Gilda, que tem um canal no YouTube para valorizar a categoria, comenta que a situação de muitas colegas é preocupante.

As profissionais utilizam o transporte público como principal meio de locomoção até o trabalho e muitos empregadores preferem demitir do que garantir os direitos dessas trabalhadoras.

 

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