Professores continuam sendo prejudicados em Itabuna

Na tarde desta sexta-feira, 02/10, o Sindicato do Magistério – SIMPI promoveu, por meio do aplicativo Google Meet, uma assembleia virtual específica com os professores que atuam na educação do campo para discutir a falta de pagamento do auxílio deslocamento, que segundo a Secretária de Educação seria restabelecido com o retorno das aulas na rede municipal, fato este que não ocorreu. De acordo com os professores prejudicados, o desconto do auxílio chega a desfalcar os seus salários em até R$ 700,00.

A Presidente do SIMPI, Profa. Carminha Oliveira, já vinha pressionando a Secretaria de Educação para que o pagamento fosse pago aos professores, entretanto, o argumento governamental é de que o auxílio, por ser destinado ao deslocamento do profissional, só deveria ser pago quando as aulas retornassem. Todavia, desde o dia 14 de setembro que o município declarou o retorno das aulas na rede municipal de ensino, por meio de blocos de atividades, mas, infelizmente, até o momento, não houve o retorno do pagamento do auxílio aos professores.

Diante deste impasse, em assembleia específica, o segmento em questão decidiu paralisar a entrega dos blocos de atividades a partir de segunda-feira, 05/10. Além do restabelecimento do auxílio deslocamento, os professores com o apoio do SIMPI, irão protocolar, tanto na Secretaria de Educação, quanto no Gabinete do Prefeito, um pedido de equipamentos de proteção individual (EPI’s), uma vez que são eles os responsáveis por levar as atividades às escolas, situação que os coloca em contato direto com os colegas, pais, alunos e demais integrantes da comunidade escolar. “Ainda estamos vivendo a pandemia causada pelo COVID-19 e o sindicato havia deixado claro, em todas as reuniões que participou com o Governo, que jamais concordaria com a exposição de perigo dos nossos profissionais”, afirma Carminha Oliveira.

Vale mencionar que o auxílio deslocamento é um direito do professor assegurado no Plano Municipal de Educação de nº 2.101, tópico 6, cláusula 7.2 que trata da educação do campo e que não há qualquer outra lei posterior revogando ou determinando a retirada do benefício em período não letivo. “Estamos tentando negociar com a Secretária, mas não nos furtaremos de pleitear os valores não pagos por meio de ações judiciais”, conclui Carminha.

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